Às vezes acho que me encontrei, ou que me perdi de vez.
Começar de novo e recomeçar a caminhar.
Recomeçar o caminho e reconhecer as oportunidades.
Reconhecer os amigos, os colegas, reconhecer quem merece.
Deixar pra lá.
Deixar pra depois?
Supera-se a raiva momentânea. Cultiva-se a mágoa profunda.
Há cicatrizes que ainda sangram, e desconfio de suas impossibilidades de cura.
Há verdades que se tornaram mentiras, e mentiras que sempre foram verdades.
Vale a pena quando a ponta da língua é tão afiada?
Vale porque qualquer minuto sem você é um minuto no vazio.
Encontrei um hábito, encontrei a calmaria.
Um além-palavras que pode controlar o que não pode ser entendido.
Viverei bem se fizer retratos de meus maiores sonhos, e dos pesadelos que me atornentam.
A maré que não passa. A lua que nunca se foi.
Um horizonte perdido que, em sonhos, ainda me parece real.
As desilusões da vida transpostas em palavras.
Será possível me entender?
Nenhum comentário:
Postar um comentário