domingo, 20 de março de 2011

Telhado


Ele subiu no telhado de mãos dadas com sua visita. Era a primeira vez que ficavam sozinhos. Não sabiam o que sentir, mas sabiam que gostavam de estar lá, juntos, trocando olhares de vez em quando. 
Viram o por-do-sol e se aproximaram. Tinham tanto pra dizer, pra se conhecerem, aquilo tudo era tão estranho. Só uma empatia? Ou a gente sabe quando a pessoa na nossa frente é simplesmente aquela que nasceu pra ser?
Sem pensar muito, trocaram o primeiro beijo, suave e cauteloso. E não conseguiram parar mais. Quando cairam em si, se afastaram e prometeram nunca mais se falar. A história que não foi contada era muito maior e tinha muito mais consequências do que eles gostariam.
Dizem que todo dia os dois checam seus celulares, MSNs, twitters e afins, na esperança de encontrarem um mísero OI um do outro. Eles se encaixaram, e sabiam que não iam se esquecer.

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