Todo mundo precisa de uma esperança pra viver e pra acreditar que a vida pode ser mais. Pode ser uma lembrança, um dia, um lugar, uma ligação, um alguém que foi até onde nenhum outro imaginou chegar. Pode ser um sorriso largo, mãos que se tocaram e sentiram sua conexão, um papel de bombom dado quando menos se esperava.
Todo mundo tem um pensamento pra se agarrar, pra ter motivos pra acordar todo dia e ver graça na rotina, no trânsito, nas enchentes, nas filas dos bancos e no chefe. Aquela memória que te faz por uma música que só você entende pra tocar e rir pras paredes, pra tela do computador e pra da televisão. Aquele segundo que você perdeu a respiração, que você sentiu no fundo do seu ser que aquilo ia ficar enraizado em você pra sempre e, consciente disso, não quis deixar o momento acabar, quis controlar a hora que faltava pro adeus.
Quando o adeus chegou, teve certeza de que era um até logo físico, porque da cabeça e do coração aquilo nunca mais sairia, nem por um dia, nem por outra lembrança. Houve o encaixe perfeito de tempo, alma e espaço. Aquele centésimo de segundo onde tudo fez sentido, onde você encontrou o que estava procurando. Onde você entendeu o porquê de cada passo dado, pois só assim chegou ali.
O amor não tem hora, dia, cor, raça, religião. Ele não vem quando você procura e o fato de tê-lo encontrado não significa que vocês ficarão juntos nessa vida. Cada um tem suas provações, encontrar não significa conquistar e dividir a vida. Encontrar significa apenas fazer a conexão das outras vidas nessa também porque you are meant to be. Fazer a conexão, mesmo que por um segundo ou um olhar, preenche toda uma vida, dá razão para superar todas as escuridões. E todo mundo sabe quando o encontrou, todo mundo sente, todo mundo se perturba porque entende que a partir dali, daquele segundo de adeus, sua vida muda pra sempre. Você muda pra sempre.
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